ME DIGAM POR QUE O GILMAR DANTAS FEZ QUESTÃO DE TIRAR DANIEL DANTAS DA CADEIA EM PLENA MADRUGADA?
Segue a reportagem reproduzida...........
O Conversa Afiada reproduz abaixo apenas o início da reportagem de Leandro Fortes (*) na Carta Capital que vai hoje para as bancas.
É uma bomba !
O ínclito delegado Protógenes Queiroz tem dito a todo mundo que Dantas, em 1992, com o ex-ministro Mangabeira Unger, preparou um plano de ataque às riquezas do Brasil, com grana do Citibank.
Muita gente, por isso, chamou o delegado de “alucinado”, “destemperado” (**) .
Leandro Fortes acreditou no que Protógenes disse e está lá, tudo na Carta.
Leia o início da reportagem:
Dantas, o minerador
ecos da satiagraha | O banqueiro acumula mais de mil pedidos de licença de exploração do subsolo. Nos últimos dois anos, as concesssões saem aos cântaros
por leandro fortes
Às vésperas da Operação Satiagraha, em 8 de julho de 2008, o delegado Protógenes Queiroz tinha em mãos um documento revelador sobre os planos empresariais do banqueiro Daniel Dantas. Escrito em inglês e preparado, em 1992, pelo ex-ministro de Assuntos Estratégicos Mangabeira Unger, que deixou o cargo no fim de junho, o texto era um umbrella deal (acordo guarda-chuva) com perspectivas de negócios no Brasil que atendessem, segundo Queiroz, aos interesses comerciais de Dantas e do Citigroup, um dos maiores bancos do planeta e até então parceiro inseparável do banqueiro brasileiro. Entre os 160 itens do documento, um deles traçava estratégias de entrada no bilionário mercado de mineração. DD levou o assunto a sério. De 2007 até hoje, encaminhou mais de 1,4 mil pedidos de autorização de pesquisa mineral, em treze estados do País. Já conseguiu obter mais da metade das autorizações, 80% delas em terras da União.
As outorgas para esse tipo de atividade são concedidas pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) do Ministério de Minas e Energia. Para atuar no ramo, Dantas montou, há dois anos, uma empresa, a Global Miner Exploration (GME4), com sede em São Paulo, e começou a garantir as concessões a partir das gestões de dois ministros diretamente controlados pelo senador José Sarney (PMDB-AP), Silas Rondeau e Edison Lobão. Graças à presteza do DNPM, a mineradora de Dantas cobre, hoje, uma área equivalente a 4 milhões de hectares onde se concentram riquezas minerais incalculáveis em forma de manganês, ouro, alumínio, fosfato, ferro, níquel, bauxita, nióbio e diamante.
A GME4 tem interesses comerciais, atualmente, nos seguintes estados: Bahia, Piauí, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Tocantins, Pará, Roraima, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Uma abrangência territorial 50% mais extensa do que a ocupa-da -pela Vale, segunda maior mineradora do mundo. Boa parte do esforço da empresa de Dantas está concentrada na pesquisa para exploração de manganês, sobretudo na Bahia, Minas e Piauí. Os filões mais lucrativos estão, porém, em Mato Grosso, onde a GME4 procura ouro em uma área do tamanho da cidade de São Paulo. E em Mato Grosso do Sul, onde Dantas pretende encontrar diamantes. Caso consiga achar minério em apenas 2% da área abrangida pelas autorizações do DNPM, a mineradora passará a ter um valor de mercado estimado em 1,3 bilhão de dólares (2,5 bilhões de reais pela cotação atual).
Dantas não é um minerador comum. Em vez de explorar os veios, montar minas e extrair pedras, atua como atravessador. De acordo com o site oficial da empresa, a GME4 é um “banco de ativos minerais” com o objetivo de prospectar reservas “visando alienar ou realizar joint ventures”, tanto no mercado nacional como “global”. Para tal, apresenta um “portfólio de direitos minerários próprios”, ou seja, as autorizações do DNPM, cada uma com prazo de três anos. Na prática, a mineradora identifica a jazida e faz os estudos geológicos e de viabilidade econômica. Em seguida, oferece o projeto a investidores brasileiros e internacionais.
****************************************************************************************************************
(*) Leandro Fortes publicou na Carta Capital duas reportagens que envolvem o Presidente Supremo do Supremo, Gimar Dantas (***). Uma sobre o gritante conflito de interesses entre o empresário e o Ministro do Supremo. Clique aqui para ler “Leandro abre as contas de Instituto de Gilmar” . Outra, sobre como Gilmar Dantas (***) se comporta como o dono de Diamantino, cidade de Mato Grosso. Gilmar Dantas (***) entrou na Justiça contra Leandro.
(**) Quem chamou Protogenes de “destemperado” foi o Farol de Alexandria. Numa entrevista a Kennedy Alencar, na Rede TV, chamou também Daniel Dantas de “brilhante” …
Nenhum comentário:
Postar um comentário